Projeto chefiado pelo engenheiro Nevio Di Giusto e pelo designer Peter Fassbender (design exterior de Mauro Basso e design interior de Peter Jansen), o Fiat Stilo foi lançado na Europa em 2001 para substituir o Brava e Bravo.
Por lá, teve as motorizações 1.2 de 80 cavalos (também usado no Punto e no LPor lá, teve as motorizações 1.2 de 80 cavalos (também usado no Punto e no Lancia Ypsilon), 1.6 de 103 cavalos, 1.8 de 133 cavalos e 2.4 de 5 cilindros com 170 cavalos, essa última com câmbio semi-automático de cinco velocidades (mesma do Alfa Romeo 147), apenas para a versão hatchback. Porém, não agradaram muito ao mercado, refletindo nos números de vendas.
Sendo assim, desembarca no Brasil em 2002, com três opções de motor: 1.8 de 8 e 16 válvulas e 2.4 de 20 válvulas, essa última motorização herdada do Marea, assim como o câmbio manual de cinco marchas (do Marea Turbo). Mas muito além de apenas um compartilhamento de conjunto motriz, e sim diversas exclusividades, a exemplo da caixa de direção e faróis de xênon.
Não bastassem os famosos 5 cilindros do Fivetech de 171 cavalos de 22,8 Kgfm de torque, ele tem a insígnia do escorpião, a mascote do lado maldoso da Fiat, que fez nesse modelo sua estréia no Brasil. Ou seja, não era mera estética com alguns adereços e nomes de séries (a exemplo do Stilo Schumacher), e sim, um esportivo verdadeiro e distinto.
Em 2007, último ano da primeira geração, a Fiat produziu cinco Stilo Abarth 2007 específicos para seu corpo diretivo, dentre eles, um a pedido de Claudio Demaria, com um detalhe exclusivo…
Nesse ano, eram onze cores no catálogo, sendo seis metálicas (Preto Vesúvio, Cinza Scandium, Cinza Cromo, Prata Bari, Vermelho Barroco, Bege Savanaah) e cinco cores lisas (Preto Vulcano, Branco Banchisa, Vermelho Alpine, Amarelo Indianápolis e Vermelho Modena).
Mas, graças ao Sr. Demaria, a décima segunda cor, azul vitality (que à época só havia para o Palio) foi graciosamente acrescentada nesse belo exemplar, tornando-o único, uma raridade entre as raridades. Não satisfeito, pediu absolutamente todos os opcionais então disponíveis (exceção apenas para os dois air bags traseiros – eram 8 no total).
Em seu interior, bancos elétricos com aquecimento, o inusitado couro de cavalo nos bancos, o multimídia original do Stilo europeu, com sistema de emergência atrelado ao telefone celular, que foi importado pelo segundo dono, ar-condicionado em duas zonas e o ilustre e icônico Sky Window, o teto solar inovador que em sua época deu o que falar, afinal, não podia ficar aberto acima de 60 Km-h, bem distante de sua velocidade máxima, de 212 Km/h e com um 0 a 100 Km/h em 8,4 segundos.
Ao todo, tem-se conhecimento de que foram produzidas 942 unidades do Stilo Abarth, que a partir de seu terceiro ano tiveram um enorme declínio nas vendas, muito provavelmente pelo seu alto preço e pela acirrada concorrência.
Em 2008, teve apenas 3 unidades (uma vermelha, uma prata e outra não se tem confirmação sobre a cor) documentadas e, até onde sabemos, foram essas as que encerraram a história do Stilo Abarth por aqui, deixando um enorme legado para a marca e uma apaixonada legião de entusiastas e sortudos proprietários.
Assista o vídeo do Stilo Abarth em nosso canal do YouTube: